Vivemos um Fla x Flu ideológico,onde o debate
foi trocado pelo embate.A capacidade de ouvir o outro não vale nada.A
tolerância com a opinião de quem pensa diferente acabou.É preocupante ver essa
conduta de guerrilha se proliferar pela internet.
Como falar da inclusão da pessoa com
deficiência nesse cenário?Porque tratar da questão implica considerar
sentimentos antiquados nas atuais práticas de afeto.Em especial,em situações assim,como ressaltar a acessibilidade nesses dias
tristes do amor nos tempos do cólera? Conclamar por soluções para a questão no país do zika vírus,dividido
em duas correntes políticas?
A acessibilidade prescinde da solidariedade, carece
da empatia para fazer valer alguns dos seus pontos essenciais, necessita de
muita compreensão dos leigos,daqueles que desconhecem o nosso problema para nos
ajudarem a implementarmos soluções.
Já me senti um alienígena em algumas
situações da vida.A adolescência é pródiga em produzir momentos assim.A procura
por uma identidade,em querer se sentir aceito por um grupo permeia essa época,
e nos leva também a nos deparar com um conjunto de reações
inconsequentes,despropositadas.Porque as primeiras provas da vida começaram, o
vestibular da existência nos convoca a agir.
As reações de ódio,intolerância a predominar
no contexto do país parecem fruto de uma democracia recém saída da infância
difícil,perpassada por um passado traumático e opressor.
Ser um deficiente físico já me obriga a remar
contra a corrente. Escrever sobre a inclusão nesse março de 2016 parece soar
inadequado.
Embora triste com a situação política que impera,
fico vazio mesmo por me sentir meio como um pastor de uma mensagem esquisita,
estranha a momentos como que o vivemos atualmente.Hoje estão consideradas as falas raivosas,exponenciadas pela maneira acusatória
,excludente de lidar com a opinião do outro.
Mesmo assim, vale e muito brigar por essa causa.
Um abraço para todos,
André Nóbrega.
O ser humano pratica o exercício do não amor ao próximo de diversas formas. Desde a infância nos vemos cercados de coisas sem nexo, sem sentido. Aprendemos a amar os animais, (alguns) e a comer e escravizar outros (geralmente os mais mansos). Aprendemos a enganar e a sermos covardes com quem está aparentemente em desvantagem. Esquecemos de questionar quando adultos, porque somos induzidos pela mídia a sermos os mais fortes, os que vencem e dominam, os que levam vantagem. E continuam as informações conturbadas. Adote um cão, coma um free boi. Tudo errado. Enquanto os exemplos para humanidade forem tão contraditórios nada será realmente humano. Ou será apenas humano. Um ser em evolução ainda aquém dos exemplos divinos. Como esperarmos atitudes coerentes em nossa sociedade?
ResponderExcluirQuanto a corrupção, ela vem de cima para baixo e de baixo para cima... rsrsr A luta pela sobrevivência e falta de perspectivas cria pessoas apressadas e cansadas. Mas, ainda há uma chance de tudo mudar. Podemos começar a partir de agora abrindo nossas mentes e questionando o "habitual" que começa lá na nossa criação e na dos nosso filhos.
Um abraço e sucesso!