18 abril 2016

Para o Nick Vujicic presente em cada um de nós


   Na Rede Sarah,durante a minha primeira sessão de terapia especial em grupo,  a instantânea injeção de ânimo veio com o exemplo do australiano Nick Vujicic.Os vídeos à disposição no You Tube corroboram isso.Vale muito a pena conferir.

   O australiano Nick Vujicic nasceu no dia 04 de dezembro, no ano de 1982 em Melbourne(Austrália) sem as extremidades do corpo.Como pode alguém existir, habitar e planejar a vida sem os braços e pernas??Isso pressupunha um atrevimento.A comoção familiar era prevista,ela foi contraposta pela constatação de que Nick,apesar das deficiências físicas encontradas, era um bebê saudável.

  Um elo fixado pelo amor absoluto foi criado entre os membros da sua família. Os cuidados ,o amor recebido em casa não impediram os embates do menino em sua vida escolar.Nick Vujicic não possuía a aptidão física para acompanhar as atividades de todas as crianças da escola.
 
 O inconformismo,a rejeição inevitável o condimentaram a uma carga elevada de sofrimento.O apreço familiar,além da inacreditável vontade de reação fizeram insurgir nele uma atitude fenomenal.O processo doloroso dessa fortaleza australiana é verificado no vigoroso consultor empresarial com o qual nos deparamos hoje.Para o grupo de terapia do Sarah foi um início animador.Sobretudo para sedimentar uma convivência como a que o grupo de terapia intensiva iria encarar.

   Além de mim,havia naquele grupo dois cadeirantes recém-lesionados e outra pessoa com uma doença congênita,que veio a se tornar uma valiosa amiga minha.Ninguém se conhecia anteriormente.A conexão do grupo começou a ser alimentada pelo exemplo transmitido.

 Nós estávamos incentivados pelas habilidosas colocações de uma psicóloga e uma assistente social,ambas especializadas no tratamento de situações traumáticas.Aos poucos, o grupo foi timidamente partilhando visões, para em seguida, promovermos um compartilhamento das vivências passadas.Havia muito a ser dividido e após quatro reuniões, todos os envolvidos ficaram transformados,frutificados pela oportunidade oferecida.

  O exemplo do Nick Vujicic foi o marco inicial para o sucesso da terapia em grupo. Contudo, pelas condições do seu delicado quadro médico e a sua extraordinária força de transformação, constitui uma exceção clara.

  Ninguém precisa começar tocar violão com a obrigação de se tornar um Baden Powell, ou de começar a jogar futebol e logo ser o novo Messi.Os limites são grandes amigos nossos, a convivência com eles nos disciplina , nos condiciona a melhorar.

  Mesmo assim,é uma relação de amizade, onde o cuidado e o o respeito precisam estar bem determinados.A superação,a gana e vontade de viver são características comuns a todos nós.Mas o australiano Nick Vujicic condicionou tudo isso a uma prática existencial magnífica.

Que nós consigamos alimentar o Nick Vujicic presente em cada um de nós.

Um abraço para todos,

André Nóbrega.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por comentar esta postagem.

Postagens mais visitadas