André Nóbrega
A arte como ferramenta de inclusão, tendo na
dança um norte, um princípio mobilizador.Uma vez convidado a participar,
você percebe, enxerga, expande as formas de expressão, enumeradas pelo seu
corpo, com uma outra função.Novas demarcações, infinitas e bem vindas
operacionalidades.
Desde setembro do ano passado, às segundas-feiras, no teatro
Cacilda Becker, observo a materialização de vários milagres.A companhia de
dança Pulsar, permite, disponibiliza aos alunos com deficiência uma prática de
espelhamento.
Somos colididos, de imediato, por uma essência reparadora.Forte senso de pertencimento,alinhavada, pela atmosfera de solidariedade,comuns às aulas.Bailarinos
do improvável, acostumados ao tom pantanoso das impossibilidades, encontramos
nas aulas uma janela.
Pouco importa o tipo de deficiência.Acima de tudo, fica claro
discernir, perceber, pelas aulas da Cia, que cada corpo é um dicionário.Tem uma
métrica, um ritmo e uma escrita própria.A dança é o nosso idioma.
O trabalho desenvolvido pela coreógrafa, dançarina Teresa
Taquechel, é uma bússola.Um guia vistoso de afirmação. A Cia Pulsar, no Rio de Janeiro, imprime uma
acessibilidade redentora, por operar numa zona de acesso rara.
Contraria os impedimentos físicos , os padrões, aceita a diferença
e consagra as imperfeições.Somos todos dançarinos, avançamos, juntos, até poder
sintonizar a mesma harmonia.
Convido vocês a conhecerem este excelente, inovador trabalho.
Um abraço para todos.
A vida é bela, Deus é bom!
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