Urge,
em meio ao tintilar de notícias urgentes, calamitosas, por deporem contra os poucos
direitos por nós conseguidos, uma reflexão.
O
próximo passo, a reação consequente diante do momento, será um teste para todos
nós. Cederemos a revolta, a cólera pura e simples, enquanto conquistas são
suspensas?
Sem
a chance de defesa, para exercer o contraditório, reparar uma injustiça
histórica, bárbara, demolidora de prerrogativas essenciais, para a constituição
da nossa luta, não teria talvez sangue, nem chance para escrever esse artigo. A
arbitrariedade feita pelo governo atual, ao propor a extinção do CONADE, nocautearia
boa parte do espírito, da esperança mantida, colocada, para o futuro da causa.
Não
é tanto pelo hábito já estabelecido, colocado, de cair após um golpe desferido. Para depois levantar, prosseguir. Quem tem alguma deficiência, no Brasil,
costuma ter um sentido de direção alterado. Uma guia regido pelo não nos faz
ser receosos, desconfiados ao testemunharmos a consolidação do sim.
Nenhum
problema, ou reparo feito, para sermos vacinados contra promessas descabidas.
Porém, quando nos tiram o remédio para garantir a própria imunidade, a
tendência natural é que a doença antes erradicada volte a acontecer. E com um
poder lesivo ainda maior
A
resposta frente à possibilidade de extinção da CONADE está sendo marcante. Sentido
de união política consolidado, em consonância com o propósito real, efetivo, a
nos fazer militar pela inclusão, com força, vontade. E as matérias, as notícias
vindas do front da nossa representatividade, sinalizam um recuo.
Ao que parece o CONADE não será extinto. Nem o
afã destruidor do presidente, o necessário apelo por reformas para
reconfiguração do país, o enxugamento do Estado, propostos por sua equipe,
conseguiram obstruir uma constatação óbvia.
Temos
um Conselho cujo funcionamento, alcance e efetividade, não pode ser diluído, num
galope de insensatez, falta de razoabilidade. Embora essa tenha sido a marca, o
carimbo de muitas manifestações atuais, nesses seis meses de desgoverno.
Prima
então, uma necessidade de meditar, buscar na esquecida, enterrada arte do
diálogo, um motivo para subsidiarmos o nosso futuro. Convicções políticas à
parte, ideologias postas, desde que não afugentem, espantem o senso propositivo
por organização.
Para
erigir uma marcha necessária, a fim de que as nossas demandas sejam escutadas,
nenhum ruído pode predominar sobre as proposições, comuns a todos.
No
universo pouco conhecido, amparado das inúmeras deficiências conhecidas,
qualquer amparo possível cintila. Com aquela propensão fantasiosa, solar de um
astro rei, a possibilidade palpável de acabar por ser uma estrela cadente. Para
não ficarmos orbitados pelo vácuo, siderados, pela impermanência de um buraco
negro, a união não é somente indispensável. Sobremaneira, se consolida como um
ato obrigatório.
Um abraço para todos,
André
Nóbrega.
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