Você
deve ter ouvido, lido em algum livro de autoajuda, sobre o tal ideograma
chinês, cuja junção, representa, significa ao mesmo tempo, crise e
oportunidade.
É balela, lenda urbana, propagada em
discursos de políticos relevantes, da alcunha de um John Kennedy, e, portanto,
incorporado, sem maiores questionamentos, ao nosso cotidiano léxico. Basta uma
busca no Google para entender a tal pegadinha.
Contudo, isso em nada tira, esmorece a
verdade contida na ideia. A sabedoria repousada, no seio do conceito, é válida.
Ocorre, justamente, nos momentos de maior desespero, aflição cívica, as reações
mais extraordinárias, incríveis, ocorridas em reação a momentos de flagelo
político, insuficiência social.
Passamos por um momento de extremo
perigo, supressão a vários direitos adquiridos. O exemplo a contabilizar essa
afirmação consiste, se afirma, no texto da Reforma da Previdência.
Quais são os trechos a exigirem maior atenção para nossa causa, dentro daquela que é considerada ‘’a mãe de
todas as reformas’’? Em duas situações: uma, na parte auferida ao BPC(Benefício de
Prestação Continuada). A outra, condiz com os critérios, os itens para a
contabilização do tempo de aposentadoria.
No tocante ao BPC, predomina, de acordo
com a regra imposta pela nova reforma, um outro critério: o do status econômico do
próprio pcd. A regra atual transfere o recurso(25% do salário mínimo,
equivalente a 249,5 reais por mês) para qualquer pessoa com deficiência, que
não consiga trabalhar, não possua uma fonte de renda.
Pela
taxação reformadora, o benefício seria transferido somente a quem tem renda média, computada em família,
inferior a 98 mil. Para quem já recebe o rendimento, de acordo com o critério
atual(a desconsiderar a enunciação por renda), não serão alterados os benefícios.
As
falências do modelo acima proposto: não é incomum encontrar uma família com
condições desfavoráveis, baixa qualidade de vida, mesmo tendo ultrapassado o
teto computado.
Em
uma família numerosa, de classe média baixa, onde os residentes tenham como
dependência, força de esteio financeiro apenas a mãe. Os lares regidos,
tocados, pelas mães solteiras. Um pedido de prestação continuada, de antemão, será excluído. Uma catalogação impessoal, desumana predominará, devido a imposição pelo valor determinado.
Ter
uma deficiência, em muitos casos, é ter uma gasto consagrado, um incômodo
cálculo mensal computado. São contas com fisioterapia, com remédios. O impacto
causado, devido ao aparecimento súbito de uma lesão, nossa...É exorbitante.
Exames, consultas médicas frequentes, o ônus pago, pelo acesso, a opção feita a
medicina particular.
Pagamos
sempre pela ineficiência do Estado, em suas atribuições elementares.
Outro
ponto importante, crucial da proposta diz respeito a aposentadoria por
invalidez. O texto da reforma garante os vencimentos integrais, em 100% do
salário, somente aos acidentes de trabalho. Ao que o Direito computa, elege
como doença profissional, aquelas deficiências contraídas durante o exercício,
a prática do seu ofício .
Após
a revogação da lei, caso você seja atropelado, virado cadeirante, impactado,
devido ao aparecimento de uma lesão neurológica rara, grave, como funcionará?
Somente
terá direito a 60 %, do total da aposentadoria. Caso o tempo de contribuição
exceda vinte anos, ele terá direito a mais 2%, a cada ano. Portanto, somente
com 40 anos de contribuição, terá alcançado o direito a integralidade do
próprio salário.
Um
panorama delicado, controverso, de clara perda dos direitos adquiridos pela
causa.
Diante
da iminência de crise, conseguiremos ter força, sabedoria, para crescermos?
Com
certeza ! !
A
internet é o quinto poder, no país. É o meio pelo qual eleições presidenciais
podem ser decididas, pela propagação de fake news. Também poder ser a
plataforma essencial, na divulgação premente, indispensável por cidadania.
Enchamos
os e-mails dos Deputados Federais votantes, vamos cobri-los com informações,
estudos, agora. Enquanto a Reforma ainda não passou.
Vamos,
por que ainda dá tempo.
Um
abraço para todos!!
André
Nóbrega.
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