Recebi este texto por e-mail do Edison Passafaro e estou divulgando no Blog:
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Amigos, colegas e companheiros de deficiência,
Entre os novos secretários municipais anunciados pela nova
gestão, deve assumir a pasta das Pessoas com Deficiência e Mobilidade Reduzida a
vice de Chalita, a médica Mariane Pinotti.
Infelizmente, a exemplo do PSDB e coligados, o PT e seus
aliados não devem ter em seus quadros de filiados ou colaboradores nenhuma
pessoa "com deficiência" que tenha competência profissional e política para
merecer a confiança do futuro prefeito para desenvolver políticas públicas para
seus próprios pares.
Outra leitura é constatarmos que, em pleno século XXI, aos
olhos dos governantes e das pessoas com deficiência que se submetem a essa
conduta, nós, cidadãos brasileiros que temos algum tipo de deficiência, ainda
somos indiscriminadamente a própria deficiência e necessitamos
incondicionalmente de ajuda, supervisão médica e até mesmos de
tutela.
Seja como for, fico imaginando como seria a reação da
sociedade se para uma secretaria voltada a políticas para pessoas negras fosse
indicada uma pessoa branca, ainda que um militante defensor da integração
racial, ou para uma secretaria de políticas para as mulheres tivesse como
titular um homem, mesmo que fosse um médico ginecologista... .
Sempre fui crítico para
com essa situação e, como militante há mais de trinta anos pela garantia dos
direitos das pessoas com deficiência e ativista pela implantação do movimento de
vida independente em nosso país, não posso deixar de me sentir incomodado com a
passividade da maioria dos meus pares que, seja por acomodação pessoal, falta de
envolvimento político, ignorância, ou seja por conveniências pessoais,
empregatícias ou financeiras, se calam e até mesmo apoiam esse retrocesso.
O fato de uma pessoa
possuir alguma deficiência não legitima sua capacidade profissional e muito
menos seu caráter. Também não cabe aqui questionar a competência profissional e
o comprometimento pessoal daqueles que, mesmo sem possuir deficiências, ocupam
essas pastas, tanto nos governos municipais quanto estaduais. Apenas considero
falta de sensibilidade e visão política, para dizer o mínimo, manter a promoção
de políticas para esse expressivo segmento da sociedade sob o comando de pessoas
que não vivem na própria pele as consequências impostas pela morosidade na
execução de ações efetivas que garantam na prática as obrigações estabelecidas
nos textos legais, tais como falta de acessibilidade ao transporte, educação,
emprego, saúde, cultura, esporte etc etc etc.
Não sou dono da verdade,
mas penso que é muito mais fácil discutir sobre a fome quando se está de barriga
cheia! Entendo que discursar sobre as necessidades das pessoas com deficiência
e, ao témino do evento, sair andando, ouvindo, enchergando e convivendo sem
maiores problemas com as barreiras arquitêtônicas, sensoriais e atitudinais que
são explícitas em nossa sociedade é a mesma coisa.
Então, lanço o desafio
para que todos reflitam sobre o assunto e, quem sabe, possamos alterar essa
realidade.
Saudações
Edison
Passafaro
Não sei... Há controvérsias, questionar a legitimidade de uma pessoa sem deficiencia estar a frente de uma ação pró-inclusão pode ser equivalente a questionarmos a legitimidade de um médico que prescreve medicamento contra AIDS e Cancer sem "sentir na pele" o que são essas doenças. Após a consulta ele se levanta, vai pra casa ou festejar com amigos, mas não tem células malignas no organismo e nem o vírus HIV.
ResponderExcluirTenho como amiga,uma jovem de 27 anos, ela possui CID-10 F31, transtorno bipolar afetivo,faz uso continuo de remedios, e apesar de tentar trabalhar, nao consegue, quando consegue, assim que o empregador a ve tomando seus medicamentos, despede-a. Todos na sua familia, tem deficiencia mental, tomam remedios fortes, e as todas as quatro pessoas vivem de uma pensão deixada pelo pai. As vezes os parentes aparecem com sobras de alimentos, pães velhos. É de doer o coração, gostaria de saber se eles podem se classificados como DEFICIENTES, e conseguem algum beneficio pelo INSS. Não é raro as vezes que desanimam de viver, pois nao teem motivação, e vivem de sobras. Se possivel me ajude a ajuda-los, com alguma dica de oque fazer e como fazer.
ResponderExcluirGrato helenio (helenio_ht@hotmail.com)