18 setembro 2016

O pódio nosso de cada dia


 Vivemos hoje uma espécie de ressaca. Só que ao invés de dor de cabeça e tristezas pelo que passou, o fim da festa proporcionada pelas Paralimpíadas tem outro sabor.Tem mais a ver com herança do que saudade.

  Somos todos herdeiros do espetáculo visto aqui, no Rio de Janeiro, entre os dias 07 e 18 de setembro. Ainda nos restam muitas barreiras a serem ultrapassadas. Porque as raias do preconceito nos exigem uma superação diária. Haja preparo, disposição para percorremos esta maratona, capaz de consolidar o Brasil como país inclusivo.
  
  Longe dos holofotes nós travamos um pódio. Temos muitas disputas nossas feitas em silêncio, no cotidiano vazio, nada acessível das nossas cidades. Somos todos campeões enquanto buscamos uma forma de vida mais plena e participativa
  
  Sem um estádio cheio a nosso favor, distantes da multidão capaz de vibrar conosco, a cada feito nosso, nós perseguimos feitos ainda inalcançados.
  
  Carregamos uma medalha invisível no peito. Apesar de toda a desigualdade, mesmo com tamanhas dificuldades a gente continua, mantém a intensidade dos esforços. Ambicionamos uma meta mais duradoura, mais difícil que a estabelecida por um atleta, durante um ciclo olímpico.
  
  Não nos esforçamos durante quatro anos para abaixar um tempo. A marca almejada é tão complexa de ser atingida. Embora estejamos atrasados no reconhecimento dos nossos direitos, encontramos uma urgência.
  
  Lutamos contra o relógio, pois, enquanto vivermos, precisamos firmar um diálogo com o futuro. Semeamos um compromisso com a eternidade.  Queremos que todas as pessoas com deficiência no Brasil possam sempre viver melhor.Esse, fundamentalmente, é um plantio para a colheita de gerações futuras.

 O ganho dos nossos paratletas,as mudanças de pensamento trazidas pelas Paralimpíadas. São efeitos a serem repercutidos em muitas memórias, a ecoar na lembrança de inúmeras gerações.
  
 Foram duas semanas que valeram mais do que cem anos de luta. No centro de um evento de importância mundial, para muitos ficaram os exemplos de superação, trazidos pelos personagens principais dos jogos.

  Prefiro pensar que pude estar representado pela mais nobre escala de representatividade. Atletas de alto rendimento puderam mostram ao mundo o quão surpreendente podemos ser.

  E continuamos na luta por mais visibilidade.

 Vamos seguir convictos, perseverantes na luta pela inclusão.

 Um abraço para todos.


 André Nóbrega.


5 comentários:

  1. Querido Primo!Você me surpreende sempre!
    Estou contigo! Te admiro muito! E torso sempre pela sua superação de todo dia! Siga nos dando exemplo de força e coragem como você sempre fez,para que nós possamos segui-los e nos superarmos também! Minha administração por você é muito profunda! Beijo de sua prima Mônica!

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  2. Querido Primo!Você me surpreende sempre!
    Estou contigo! Te admiro muito! E torso sempre pela sua superação de todo dia! Siga nos dando exemplo de força e coragem como você sempre fez,para que nós possamos segui-los e nos superarmos também! Minha administração por você é muito profunda! Beijo de sua prima Mônica!

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  3. Querido André :postei um comentário mas não apareceu!
    Eu disse,em outras palavras, que te admiro muito, pois sua força, persistência e disponibilidade inter na para se superar e evoluir sempre foi um exemplo para todos que te conhecem e acompanham sua evolução! Obrigada por você nos mostrar esse caminho que ultrapassa os limites!

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  4. Tomara que caia a ficha dos nossos governantes.... ainda há muito a se fazer para uma inclusão verdadeira. Devagar e sempre Andrezão !

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  5. Meu amigo, você se supera a cada texto. Brilhante analogia!

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